O «Barroco estalinista» acompanha o dia a dia de qualquer habitante de uma ex-republica sovietica. Defina-se o termo: arquitectura de linhas muito simplistas (desculpem-me os arquitectos se cometer alguma incongroencia), sem cor, autenticos «caixotes» ao alto. Áreas comuns degradadas e quase sempre sem luz, elevadores que la vão funcionando e casas com «interiores» surprendentemente arranjados...quando há dinheiro, claro. Outra caracteristica tipica: frentes dos predios iluminadas mas traseiras completamente escuras - e diga-se que é na parte traseira que se encontram as entradas dos predios - o que, na minha opiniao, exemplifica o regime da altura na perfeição: o importante é o todo e não o individuo (esse, coitado, se queria entrar em casa que levasse uma lanterna ou uma velinha).
De facto, para nós «ocidentais» (entre «» porque tento fugir de rótulos) que estamos habituados a cidades pequenas, com centros muito pitorescos e ruas pequenas e estreitas, ir a uma cidade como Minsk com ruas c/4 faixas para cada lado em pleno centro da cidade e edificios gigantes é deveras exotico.
Deixo até exemplos de alguns desses edificios:
E depois, vemos marcas de um modernismo atroz, quase como uma voz que grita «estamos no seculo XXI», proprio da mentalidade asiatica que caracteriza estes países...e mais uma vez não importa se é util, importa é que é moderno.
Exemplo disso é o edificio da biblioteca de Minsk (abaixo):
Ou os projectos futuristas para a cidade:
Mas não se sintam com isto desencorajados para visitarem estes paises...são de facto magnificos, imponentes e com uma pontinha de misterio que, confesso, me atrai como um iman.
Vejam em posts anteriores que a Bielorrussia não é só barroco estalinista...aliás, a Bielorrussia é um caso à parte, como sempre, estancada entre o saudosismo do leste e a modernidade do Baltico.